quarta-feira, 11 de maio de 2011

Iogurte! Comer ou não Comer?


Quanto à minha experiência pessoal, tentei consumir iogurtes mas a minha intolerância à lactose associada ao cólon irritável, não me permite tolerar a lactose que os iogurtes contêm.
Também experimentei os iogurtes 0% lactose da Mimosa (que não são verdadeiramente 0%, têm cerca de 0,05gr de lactose por cada 100ml de iogurte, o que para a minha intolerância ainda me causa algum desconforto gastrointestinal).Assim sendo, apenas consumo iogurtes de soja (alproSoya) que estes sim são 100% vegetais e isentos de lactose. Existem outras marcas que também comercializam iogurtes de soja mas ao lermos as informações nos ingredientes encontramos sempre proteínas lacteas ou contém leite...Isto porque ser de soja não quer dizer que seja isento de Lactose...Tenham atenção aos rótulos e acima de tudo observem o vosso corpo e as reacções que têm perante determinados alimentos.
Bactérias essenciais e benéficas

Um iogurte resulta "da fermentação da lactose existente no leite, transformando-a em ácido láctico que, por sua vez, actua sobre as proteínas do leite, modificando a sua consistência, solidificando-o, na forma que todos nós conhecemos", diz-nos o Dr. Nuno Nunes, da Direcção da Associação Portuguesa de Nutricionistas (APN). No seu processo de fabrico, intervêm "estirpes seleccionadas de bactérias (geralmente, a lactobacillus bulgaricus e a steptococcus termophilus)".

Estas bactérias vão aproveitar a lactose existente no leite, fermentando-a em ambiente seleccionado (estufa ou em cubas) e transformando-a em ácido láctico, que por sua vez, coagula as proteínas do leite, transformando-o em iogurte. "Como o produto final tem que conter bactérias vivas e em quantidade abundante, estas bactérias vão trazer benefícios a quem consome o iogurte, nomeadamente: contribuem para a manutenção e equilíbrio da flora intestinal, facilitam a digestão, tornam o produto final mais digerível, ajudam na recuperação de diarreias, contribuem para a prevenção da obstipação e outros transtornos gastrointestinais", explica Vanessa Candeias.
Torna-se fácil perceber que os iogurtes podem ajudar a tratar inúmeras patologias. "De facto, são uma preciosa ajuda para controlar e melhorar algumas doenças", fundamenta Nuno Nunes.

"Importa ainda acrescentar que, na produção dos iogurtes magros, pode-se eventualmente recorrer à adição de hidratos de carbonos (frutose, glicose e outros) como fonte de sabor e/ou textura, o que implica que, por vezes, estes iogurtes tenham uma quantidade de hidratos de carbono superior à dos iogurtes gordos ou meio gordos", fundamenta Vanessa Candeias.
Os iogurtes mais saudáveis são os naturais, não açucarados. O consumidor deve procurar escolher o produto que mais se adequa às suas necessidades. Por exemplo, "se tem excesso de peso, os iogurtes magros são mais indicados; ou se tem diabetes deve procurar iogurtes com o menor teor de açúcar possível e evitar os iogurtes com compotas de fruta, chocolate, mel, etc.", afirma Vanessa Candeias. Apesar de não existirem iogurtes especificamente aconselhados para grávidas, sabe-se que, também os naturais e não açucarados, são os mais apropriados. "A leitura do rótulo facilmente permite perceber quais os iogurtes com menor quantidade de calorias, gordura e/ou açúcar", aconselha a nutricionista.

Principais benefícios do iogurte

- No iogurte, a lactose (açúcar característico do leite) já foi fermentada pelas bactérias e, por isso, indivíduos com intolerância à lactose podem eventualmente conseguir consumir iogurtes sem que este lhes cause desconforto ou transtornos gastrointestinais. Assim, surge como uma boa alternativa a quem não gosta ou não tolera leite;

- O iogurte, principalmente se não for açucarado, é um alimento com elevado valor nutricional;

- A sua composição nutricional é muito semelhante à do leite, e contém: moderada densidade energética (reduzida ou moderada quantidade de calorias fornecida por 100g de alimento), proteínas de elevado valor biológico, vitaminas (especialmente, riboflavina e vitamina B12), minerais e gordura de composição semelhante à do leite em quantidade variada;

- A flora bacteriana abundante e activa existente no iogurte confere-lhe outros benefícios, incluindo: melhoria de digestão, estimulação da flora intestinal, reforço da resistência natural a doenças infecciosas do tracto gastrointestinal, e regulação do trânsito intestinal;

- O iogurte natural não açucarado é uma base ideal para temperos de saladas. Misturando pimenta, algumas ervas aromáticas (salsa, cominhos, orégãos, entre outras) ou alho picado no iogurte, este pode ser utilizado em substituição de maionese ou outros molhos ricos em gorduras;

- O iogurte natural não açucarado magro pode também substituir as natas em algumas preparações culinárias, conferindo textura e sabor às mesmas, mas com menor quantidade de calorias e gordura;

- O iogurte natural, aromatizado ou com frutas pode também ser utilizado em sobremesas (bolos, tartes, mousses, misturado com gelatinas, etc.), conferindo-lhes um valor nutricional mais vantajoso;

- Os iogurtes probióticos estimulam a actividade da flora intestinal potenciando, deste modo, o papel que esta desempenha na manutenção da integridade da parede e actividade intestinal, na prevenção de disfunções imunológicas, na regulação do trânsito intestinal e na prevenção de infecções gastrointestinais.

in:http://medicosdeportugal.saude.sapo.pt/action/2/cnt_id/2519/?textpage=2

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